Parecia ração de cachorro, quase vomitei. Tentei usar no suco, na vitamina, com leite em pó,
Até que um dia, tia Teka (mãe de uma amiga-irmã) visitou-me, viu o bendito no armário, e, ao ser desafiada, comeu. Teka é um desses espíritos especiais, que tem uma alimentação tão, mas tão, mas tão saudável que chega a dar inveja #sqn
Ela comia aquilo como quem come Pringles, Doritos ou o que tiver no seu imaginário de salgadinho gostoso. Fiquei impressionado, como ela conseguia comer aquilo, sem fazer careta e até saboreando? Se ela consegue, por que não posso eu, conseguir?
Então resolvi mergulhar numa experiência louca: uma vez que são a base da culinária ao meu redor, cortei absolutamente o sal e o açúcar. Essa escolha não tinha nada a ver com saúde, era só, basicamente, para criar uma espécie de experimentação no meu paladar.
O começo foi horrível: comer macarrão, arroz, feijão,
- O café, quando bem feito, não deve ser estragado adicionando açúcar.
- O feijão fica gostoso só com alho, salsa e cebola.
- O arroz é doce.
Fiquei impressionado ao descobrir que o sabor original do arroz é doce. Como assim? passei a vida inteira colocando sal no bagulho, achando que só assim para extrair algum sabor daquele grão branquelo aparentemente insípido.
Diferente da experiência com o polenguinho, desta vez o paladar virou refém do hábito e da média gustativa do que era ingerido. Depois de muito tempo, resolvi comer o bendito do All-Bran, então, tive que concordar com tia Teka: o danado além de comestível se tornou gostoso! (não melhor que vinho, mas beleza)
Ou seja: tudo na vida é questão de hábito e referencial.
PS: depois de um tempo voltei para o ciclo viciante do sal e açúcar, não da mesma forma e até desiludido de que o prazer do sabor está nos dois vilões da alimentação ocidental.
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