Sobre viver.

Após tamanha realimentação positiva, desta poesia, dentro do meu círculo social, reforço que esta poesia está licenciada como um código / software que segue as 4 liberdades do Software Livre, assim, sinta-se à vontade para:
  1. Executar » cantar, recitar, narrar, inserir, combinar a poesia em qualquer lugar;
  2. Estudar » questionar, refletir, indagar, debater a poesia livremente;
  3. Aperfeiçoar » adaptar, remixar, ajustar a poesia de qualquer forma;
  4. Distribuir » ofertar, oferecer, compartilhar a poesia em qualquer meio.

Ou seja, tudo isso reflete à liberdade que você tem de executar, estudar, aperfeiçoar e distribuir a poesia sem pedir permissão/autorização a mim (o autor). Assim, automaticamente todo conteúdo gerado a partir desta poesia deverá também estar sobre as mesmas liberdades, ou seja, a poesia não pode ser "apoderada por outra pessoa, ou que sejam impostos sobre ela restrições que impeçam que seja distribuída da mesma maneira que foi adquirida" (GPL) e, obviamente, a autoria deve ser citada junto com essas liberdades. Ah sim, Software/Poesia Livre não quer dizer que é de graça / gratuito(a).

Foto feita na Escola Politécnica da UFBA. Fonte: autoral.


--- A poesia ---

Sobre Viver

Fecho os olhos pros jornais.
Não mais morte ou pandemia,
acordei pra mais um dia!
— Produzir e ser sagaz!

Tento e falho, por demais.
Culpa surge em entalpia,
frustração e rebeldia.
Impotente, incapaz.

Tantas vidas em seus finais...
— Ignore, à revelia!
Como uma máquina faria?
— Produção! Cada vez mais!

Ah, urgências tão banais...
Espantalhos da alegria,
Ilusões, alegorias...
Existência tão fugaz!

Abra os olhos pros sinais!
Quantas vidas vão vazias?
Desprovidas de euforias.
Viver é pedir demais?

-- EOF --

Versão feita pelo gigante Péricles Oliveira, meu parceiro de musicalização das poesias de longas datas, que particularmente eu amei demaaaaaaais. Ele captou a alma do que tentei passar.




Essa outra versão foi feita pelo queridíssimo amigo do Movimento dos HackerSpaces, Fernando Guisso, que não por não conhecer esse meu lado libertário pediu-me para inserir um outro trecho, sugeri que ele fizesse um fork, foi feito... ele adicionou novas estrofes no final e musicalizou, o resultado ficou muuuuuuuuuuito show:





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Assim, posso classificar essa poesia como Free Poetry (Poesia Livre) baseado no Free Software (Software Livre), não sei se esse conceito já existia antes e, independente disso, se não existia, passou a existir oficialmente agora ;)

Uma poesia é um código e todo código deve ser livre.

Ser Vida

Comovida pela hipnose
do ninar da água do lar
e sua brisa, em metamorfose
corpo e calma, na alma do mar

Envolvida na simbiose
de estar na paz do lar
Salvador nos dá a dose
pro calor, pro axé, pro amar

E Ser Vida em Olorum
Sinto o sol fundir-se ao mar
Transcendida pelo incomum
O universo, em mim, está.

https://www.dicio.com.br/olorum/
Poesia concluída em 23 de Março de 2020 às 23:45