Em que momento começamos a perder o jogo?

Eu penso, penso, penso e me pergunto:
Em que momento deixamos de ser a esperança?
Em que momento somos contaminados pelo pessimismo?
Por que sustentamos o discurso do derrotado?



Fico sem resposta... o silêncio me toma. Sinto vergonha.

Penso novamente e tanta coisa me vem à cabeça. A mais forte é, sem dúvidas, a influência midiática. Todo o sensacionalismo empregado nos meios de comunicação pra se obter IBOPE chega contaminado, injetando de forma subliminar, o comportamento expressado pelos pais do vídeo acima.

A forma como as notícias são selecionadas é milimetricamente calculada pra reforçar o estado de sítio interno: estatísticas pessimistas, tendenciosas; desconfiança ou omissão quando se trata de resultados positivos; e reportagens apocalípticas e sanguinárias que alimentam nosso lado animalesco.

A mídia, por sua vez, é financiada pelas indústrias que lucram com a ignorância e acomodação generalizada.

Outro fator é o fenômeno da anomia social: um estado de falta de objetivos e perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno. Onde o ser humano não se enxerga no problema, assim sendo, não se vê como agente do problema ou da solução; por mais que tenha responsabilidade naquilo.

Não poderia deixar de citar o sistema vigente atual, pai-de-todos-os-fatores, com o seu pseudo-modernismo, pseudo-glamour, pseudo-evolução.

Sistema este, do qual reforça a superficialidade das relações humanas, a reificação do indivíduo e a cultura da acomodação, da ignorância, da cegueira coletiva. A incessante busca de bens materiais, consumismo e a brevidade da vida são as principais estratégias empregadas pelas ferramentas do capitalismo.

Como fugir dessa arapuca e manter o pensamento otimista das crianças?  Quem consegue se sobressai, cresce, produz, muda o mundo do micro pro macro.

Mas até isso o sistema explora: com uma mão mostra o poder de superação dos obstáculos, com a outra mão ele cria esses obstáculos. Chama essa capacidade de resiliência e tenta cooptar (comprar) os que passam nesse difícil teste. Mas isso já é outro assunto...

Será que não tem mais jeito? ops, me contaminei. :)

Eu acredito que sim, tem jeito. As crianças que estão certas.

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