Duelo perdido?



Defronte ao monstro, pensei: "E então..."
Segundos fizeram enxergá-lo melhor.
Olhando o terreno, dá até pra fugir.
Pensando melhor... a escolha é encarar.

Avanço alguns passos... a luta começa!
Encaixo o escudo... é firme o bastante.
Seguro em um golpe, seguro em dois.
No três, eu esquivo... poeira se faz!

— Maldita poeira, preciso enxergar!
Escuto os seus passos! Não foi desta vez!
Concentro no golpe... e lanço ao ar.
Tentando... tentado... maldita avidez.

E então, a fadiga...
minha guarda se abriu...
O corte foi fundo!
Que dor! Morbidez!

"— Acaba a sessão"
O tempo desfez.
Aflito, confuso...
"— Até uma outra vez"

Eu deixo o divã com o choro lá dentro,
pois não houve tempo de por para fora.
O monstro, então, se suprime afogado,
com prantos que não sucumbiram, no agora.

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