Ucrânia: se atrapalha o equilíbrio do capital tem super sensibilização da mídia.

Existem observações contundentes quanto à super sensibilização das Grandes Mídias do ocidente em relação à invasão da Rússia à Ucrânia e destas surgem listas com diversos conflitos entre países que não recebem o mesmo nível de atenção.

Uma matéria da britânica BBC traz "sete conflitos sangrentos no mundo de hoje que causam enorme sofrimento humano mas que nem sempre recebem a mesma atenção tanto do noticiário internacional como de governos estrangeiros". Perceba o eufemismo e deturpação da realidade no uso da expressão nem sempre quando a realidade poderia ser facilmente expressa com um quase nunca.

A suavização do discurso vem acompanhada de um disclaimer (aviso legal) pseudo-humanitário:

"Primeiro é preciso deixar uma coisa clara: o tamanho da resposta internacional a um conflito, nem sempre tem relação direta no número de mortos, feridos e refugiados. Os especialistas com quem eu conversei, alertam que toda guerra, toda morte e todo sofrimento humano são igualmente dolorosos, sejam eles na África ou na Europa."
E então temos a falácia da falsa causalidade: um tipo de falácia que estabelece uma relação de causa e efeito entre dois elementos quando, na verdade, não existe causa e efeito entre eles.

"O que preocupa muita gente sobre a guerra da Ucrânia, em específico, é que esse conflito representa uma ameaça maior a paz e a segurança internacional, por envolver uma potência nuclear, a Rússia, e pelas tensões com outras potências militares como E.U.A. e países da Europa (argumento 1), essa guerra tem o risco de virar um conflito ainda mais sangrento com consequências práticas na vida de pessoas em diversos países (argumento 2) e isso faz com que a resposta (cobertura) internacional acabe sendo muito maior."
Por mais que argumento 1 tenha cheiro, gosto e forma de verdadeiro ele é falso. Como bem descreve o jornalista, a própria guerra da Síria e o conflito que perdura até hoje envolve diretamente potências nucleares / militares e se esvaiu em cobertura internacional após consenso das forças do capital. Ou seja: o envolvimento de potências nucleares está longe de ser um argumento forte o suficiente para justificar a atual cobertura internacional do conflito na Ucrânia.

A indignação da mídia branca e loira ao ver as pessoas brancas e loiras morrendo é também um dos fatores da super sensibilização midiática. Se é morte de rico (ou em seu território), tem destaque no jornal. Se é na favela, pra matar preto, "é como um artilheiro em frente ao gol", contudo, a questão racional talvez não seja a causa raiz, por mais que esteja composta nela, assim, cabe explorar melhor o argumento 2:

"essa guerra tem o risco de virar um conflito ainda mais sangrento com consequências práticas na vida de pessoas em diversos países". Em outras palavras: impacta o equilíbrio do capital.

Impacta as relações de poder do capitalismo.

Aumenta o preço do gás pra aquecer a Europa, do petróleo, dos alimentos, aumenta a inflação em diversos países do mundo, impacta na produção de alimentos, etc. Se tem dinheiro, tem cobertura junto a muito sensacionalismo desproporcional.

As questões raciais surgem como consequências da soberania da classe dominante ser nórdica e branca, e, assim como a questão atômica surge da corrida tecnológica competitiva-capitalista que essas classes impuseram em seus estados-nações (não o contrário, como trouxe a falsa causalidade, percebe?).

A partir de uma lógica de poder e domínio do capitalismo, torna-se nítido que se o conflito atrapalha a estabilidade da lógica extrativista do capital e, este, por sua vez, força a linha editorial dos grandes veículos (comprados por publicidade) à super sensibilização midiática para convencimento e enganação das massas / opinião pública, em um ciclo nefasto e muito comum.

Vamos lembrar: o filho de Biden (Hunter Biden) tem negócios no setor de energia da Ucrânica. Trump, quando presidente, solicitou a Zelensky um dossiê dele para usar na campanha presidencial contra Biden.

Quando as forças do capital disputam entre si, sem o consenso que provoca a geração de pseudo-crises calculadas, as guerras são causadas. Detalhe: sempre no território com mortos da nação mais fraca e pobre.

Todo o discurso hegemônico da Grande Mídia se alinha a diversas falácias vergonhosas, com o ápice no Brasil na entrevista de Yuval Harari para a Globo e suas pitadas de apocalipse, distorção histórica e super sensibilização regada a clássica mentira da tal luta do bem contra o mal.

No final, toda desgraça social gira em torno de disputa por dinheiro, poder e influência.

Qual deveria ser a essência da régua? o sofrimento humano.

Um comentário:

  1. Aqui suponho q o interesse não é exatamente no povo branco da Ucrânia mas na porta q é a Ucrânia p uns e outros q N se curvaram ao domínio do tal tio (de lá ele!) sam. O trabalho da mídia é atacar a Russia, colocar como a feia ( N q seja bonita ou q tenha lado bonito numa guerra). É incutir nas mentes e corações q essa guerra tem um lado p se defender, e é o lado da Ucrânia. Assim, qd decidirem meter o pé na porta serão apoiados pelo planeta, afinal estarão em defesa dos frágeis invadidos pelos feios. E assim poderão invadir os feios como se não fosse invasão

    ResponderExcluir