Lógica Doentia da Máfia Estalinista da UJS na UFRJ

Compartilho o excelente, engraçado e realista texto do Victor Galdino pois acredito ser histórico e bastante revelador:

"vou contar uma pequena história para vocês verem como é a lógica doentia da máfia estalinista da ujs (e seus pets da juventude do pt).



já tem uns sete ou oito anos (e só falo até onde vai minha memória) que a associação de pós-graduandos da ufrj funciona da seguinte maneira no que diz respeito às eleições: por uma questão formal, uma chapa é criada com todas as pessoas que aceitam fazer o trabalho voluntário e as pessoas votam nela (ou não). e quem quiser se incorporar à "direção" depois disso só precisa solicitar inclusão (que deve ser aprovada em uma assembleia). e os motivos são muito simples: é difícil achar quem queira fazer esse trabalho, então tem que montar uma "direção" basicamente implorando pra alguém levantar o braço e dizer "eu aceito". foi assim que eu eventualmente me tornei parte da "direção".



evidentemente, isso não é uma crítica às pessoas discentes da pós da ufrj. existem motivos bem compreensíveis para que as pessoas não queiram ser voluntárias: elas já tem que trabalhar pra cacete sem remuneração adequada e direitos trabalhistas, têm monte de prazo aleatório para cumprir, tese/dissertação para escrever etc. - você vende sua alma para um demônio chamado "produtivismo acadêmico" e uns burocratas do estado se masturbam com indicadores quantitativos de porra nenhuma e um monte de tiozão fica enchendo o saco dizendo que isso não é trabalho de verdade. e ainda tem o problema quase universal da saúde mental: quem não tava doente antes, fica durante e depois. então dá pra entender quando as pessoas simplesmente não querem acumular mais trabalho, prejudicar ainda mais a saúde, gastar mais tempo, dinheiro etc. ainda mais com algo que não dá retorno privado algum (não dá nem para ser feliz com essa merda).

e, ainda assim, algumas poucas pessoas se apresentam como voluntárias - por quaisquer que sejam os motivos. além do trabalho normal da pós, essas pessoas têm que: participar de conselhos que frequentemente parecem sessões de tortura, fazer monte de atividade pelos campi da ufrj e fora, fazer reunião com centenas de pessoas por ano etc etc. e, claro, aturar estalinista da ujs. é praticamente parte do trabalho porque essa gente - ao invés de entrar na "direção" que nem TODO MUNDO faz (inclusive algumas pessoas do próprio partido deles - que não devem ser chamadas pras festinhas bregas) e colaborar, ficam criando "chapa de oposição".

isso mesmo. CHAPA DE OPOSIÇÃO. "oposição ao quê???", vocês me perguntam. ninguém sabe e nem eles sabem explicar (TEM QUE VER TUDO ISSO AE TALKEY). a associação de pós-graduandos é uma associação de pós-graduandos. as pessoas que colaboram são... pós-graduandos variados. com e sem partido, militantes e não-militantes etc. não tem qualquer coisa ali que se possa identificar pra dizer "eu faço oposição a isso" - a não ser a autonomia da associação. os caras são tão contra autonomia que tinha época que a associação sequer era inteligível pra eles se não fosse nos seus próprios termos - e aí diziam que era uma gestão do psol. porque tinha gente do psol. porque tem gente do psol em tudo quanto é canto da ufrj. e esse é um bom momento pra lembrar que tinha gente DO PCDOB também. também teve gente do pcb. também teve petista que não era do pt. também teve uns anarcolokos. e também teve muita gente que não é nada de politicamente definido nem filiada a nada e só estava ali pra ajudar. aliás, quando é difícil arrumar pessoas pra fazer esse trabalho, não dá pra ter o luxo de ficar fazendo seleção de acordo com o quanto de esquerda a pessoa é ou sei lá que critério vocês achem maneiro (teve monte de gente que não se identificava como de esquerda).

mas colaborar não é o forte desse pessoal. a cada dois anos (porque o partido prefere não investir nisso todo ano), eles aparecem para fazer a chapa de oposição e passar vergonha em processos eleitorais. mas, infelizmente, eles não passam apenas vergonha: sua participação é sempre uma tentativa de sabotar tudo que as pessoas passam pelo menos um ano inteiro construindo VOLUNTARIAMENTE. toda a gloriosa participação deles nunca passa de espalhar mentiras e difamar pessoas, tentativas de fraude e golpe, fazer ameaças ridículas, incitar ódio nas pessoas e todo tipo de coisa de gente autoritária e impotente (a atuação mais manjada dos caras é ficar atormentando os outros até alguém perder a cabeça e eles poderem gritar FASCISTAS NÃO PASSARÃO). não cansam de falar em "sectarismo" (como manda o manual básico do sectarismo), mas se recusam a participar de qualquer coisa que não seja eleição (tenho certeza que alguém vai descobrir que isso é uma doença um dia). e aí as coisas ficam muito claras: se não forem eles na direção, nada vale, tudo deve ser sabotado.

a única coisa boa disso é que a maioria simplesmente some quando acaba a eleição - e aparece ocasionalmente com papo de congresso da anpg que é a une da pós: o lugar onde um monte de delegações fakes e eleitas irregularmente sustenta o gozo impotente do estalinismo, onde essa gente pode se vingar enquanto consome seus drinks e pães de queijo servidos por pessoas negras por dois ou três dias antes de terem de voltar pro seu fracasso cotidiano. no entanto, mesmo com uma atuação tão limitada temporalmente, é simplesmente absurdo as pessoas terem que lidar com o trabalho de pós + o trabalho voluntário na apg + o trabalho voluntário de lidar com esse monte de bots da ujs/jpt. todo o objetivo deles é sugar toda sua energia pra você desistir de fazer política de maneira autônoma e aceitar que não há alternativas para além deles (ALÔ THATCHER).

essa gente só serve pra prejudicar ainda mais a saúde mental das pessoas na pós. eu perdi quase todo meu prazer na política universitária por causa disso. tive que lidar com eles me infernizando enquanto eu tinha que lidar com crises de depressão. nunca apresentaram nada de positivo ou construtivo, nunca estendem a mão para ajudar a construir algo coletivamente - só tentam privatizar de tudo quanto é jeito uma ferramenta PÚBLICA que é a associação de pós-graduandos. são parasitas - e não pessoas com divergências políticas. não dá pra divergir politicamente do oportunismo pois o oportunismo é a morte da política. eu queria saber até quando vão aceitar essa pseudopolítica altamente destrutiva (ou, para usar os termos de rancière, essas práticas POLICIAIS) nos meios da política discente em nome dessa democracia liberal que recebe de braços abertos qualquer autoritarismo antidemocrático. se não fosse o oportunismo eleitoral e essa gente ficasse o ano inteiro tentando se opor à construção política coletiva, o pouco que nós temos poderia muito bem ser quase nada. as mãos deles estão envenenadas e é preciso soltar o mais rápido possível."

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