Uma vaia a vaidade...

Desgraçada que amacia o ego.
O veneno que amortece a causa.
Se depara com o clamor eterno
de querer se aparecer na valsa.

Pois a dança, que a dois conclama,
não permite tamanho adultério.
Só se baila, quando a dois se flamba...
do contrário, surge um necrotério.

Ambos morrem, mas o vaidoso
tem a culpa, por não ter critério.
O parceiro também vai no bolo
Se deixar contaminar postério.

Cemitério que não tem tristeza,
pois o morto, não se enxerga morto.
Como pode morrer uma alteza?
Iludido, em seu reino torto.

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