Novela do vestibular, confissões de um pré-vestibulando.

Afoguei-me nos estudos, foi um excesso. Somatizei angústias, privei-me da vida social. Respirei o ENEM e fiz do Curso e Colégio Analise meu chão. Até a prova, NUNCA cheguei atrasado e muito menos faltei qualquer dia, mesmo doente e febril. (Obrigado Lorena Lima e Priscilla Icó por cuidarem de mim, serei eternamente grato a vocês)



Por motivos de força maior fiquei 9 anos afastado do contato dos assuntos de Ensino Médio, concluí com 16 e entrei no cursinho com 25, velhão. Não sabia fazer o MMC nem fatorar. Malditas sejam as calculadoras nessa fase da vida. Não lembrava nenhuma fórmula e não fazia ideia que muita coisa mudou.

Deus, mais uma vez, na minha vida.

Era um 7 de setembro. Bateu-me uma vontade inexplicável de ir à Ponta do Humaitá. Pensei em um grande amigo, não lembro quem ligou pra quem, mas combinamos de se ver. A filhinha dele acabara de nascer e ele estava perto do meu destino almejado.



Sair de Cajazeiras pra Cidade Baixa, em um dia chuvoso, é no mínimo intrigante; mas eu fui. Ver Leo Ramos e sua mais nova herdeira era um estímulo enorme, mas algo maior me esperava lá. Fui atraído e não sabia definir pelo quê.

Interjeição Difusa.

Interjeição Difusa.



Ah, intuição. Por que me persegue?
Genitora inefável de um saber inato.
Ou vieste, talvez, de um sagrado pacto
Que ao filho é dado para que ele regue?